Economia

 

No Brasil, cidade com mais negros tem mais desempregados, diz pesquisa da FGV

 

Quanto maior a quantidade de pretos no mercado de trabalho, maior a taxa de desemprego da cidade. A conclusão consta de estudo do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas), divulgado nesta segunda-feira (7).

A pesquisa levou em conta dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2009, que coleta informações sociais de seis capitais: Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e São Paulo.

O autor da pesquisa e professor do Ibre, Fernando de Holanda, explica que a pesquisa usa o termo preto – e não negro - porque o IBGE pergunta para o cidadão se ele é "preto, branco, pardo, amarelo, entre outros". Segundo ele, é bom ressaltar porque, “quando falamos em preto, as pessoas pensam que a pesquisa é pejorativa”.

O levantamento mostra que, ao contrário da raça e da cor, o sexo, escolaridade, faixa etária, experiência profissional e o capital humano não têm peso significativo na taxa de desocupação. O pesquisador do Ibre explica que, “o desemprego para os pretos é 20% e para os brancos é cerca de 10%, ou seja, metade”. 

“Pense em duas populações: uma com 50% com de pretos e 50% brancos e outra com 80% de brancos e 20% de pretos. No primeiro caso, o desemprego será de 15% e, no segundo caso, a taxa cai para 12%. Isso porque a parcela da população preta tem um desemprego mais elevado, o que faz o desemprego aumentar”.

Holanda diz que o principal motivo para acreditar nessa diferença expressiva de desemprego entre brancos e pretos seria “o nível de escolaridade, porque, em geral, pretos e pardos são excluídos da sociedade, não tiveram as mesmas oportunidades e, com isso, eles enfrentariam um desemprego mais elevado por não ter qualificação para entrar no mercado de trabalho”.

“Mas quando fazemos essa mesma análise e separamos os trabalhadores por grupo de escolaridade, a educação explica muito menos que a raça.”

Capitais como Recife e Salvador, onde a população negra ou parda é muito maior que a brancos, apresentam um saldo negativo de trabalho maior que cidades como Porto Alegre e Belo Horizonte.

“Na comparação entre Porto Alegre e Salvador, os resultados mostram que 30% do diferencial de desemprego são explicados por raça enquanto a educação e capital humano explicam só 10%.

Na Bahia, de acordo com dados da PNAD, 30% da PEA (População Economicamente Ativa) é formada por negros e 53% por pardos. No mesmo ano, o desemprego em Salvador estava em 14,2%.

Já no Rio Grande do Sul, os brancos são 80%, 7% são negros e 10,8% são pardos, segundo a PNAD de 2009. No mesmo ano, a taxa de desemprego de Porto Alegre foi de 7,6%, segundo a FGV. A capital gaúcha tem 7,2% da PEA de pretos, 11,2% de pardos e 81% de brancos.

 



Fonte: Rede Record

 

 

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